Dói. Dói porque não se sabe o que está acontecendo.
É angústia. Não sei nomear. Nunca senti isso antes. Isso vai me matar.
Mas aí passa. Sobrevivi. Sei que isso não mata.
É perigoso descobrir que determinadas coisas não nos matam, por isso as pessoas que sofrem são perigosas. Elas se sabem fortes.
Eu sofro de amor correspondido. Sei que disso não morro, mas nem por isso dói menos.
É difícil ser amada de um jeito diferente do qual a gente ama.
Suportar que o amor do outro por nós é diferente arranha o peito.
Amar e ser amada é esbarrar nas próprias fraquezas numa parte do tempo e atropelar as fraquezas alheias noutra parte do tempo
Amor é uma conversa de fraquezas e franquezas.
Mas dizem que o amor é para corajosos.
Há que ter muita coragem para entrar num jogo de franquezas, onde quem perde é que ganha.
Livro: Não pise no meu vazio. Ana Suy.
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